Falar pode ser um caminho para a cura de sofrimentos mentais

Falar Pode Ser Um Caminho Para A Cura De Sofrimentos Mentais

Estamos vivenciando o Setembro Amarelo, mês voltado para a campanha mundial de prevenção do suicídio e conscientização da população em relação a diversos tipos de sofrimentos mentais.

A Holos acredita que, como forma de prevenir e buscar a cura das barreiras e problemas emocionais, é importante valorizar a fala e o diálogo – especialmente com profissionais capacitados, como psicólogos e psicoterapeutas.

Reflita, neste post, sobre as possibilidades que a fala pode trazer para a cura dos sofrimentos mentais.

O poder das palavras na cura de sofrimentos mentais

Em outros contextos você já deve ter ouvido que “as palavras têm poder”. No que tange aos sofrimentos mentais, sabe-se que é difícil traduzi-los em palavras. Os pensamentos passam a ser mais negativos, acelerados, confusos, trazem sensações que são difíceis de explicar.

A angústia de não conseguir explicar aquilo que sente, aliada à inquietação frente aos próprios sentimentos, pode trazer muita aflição a quem as sofre, agravando os casos de depressão, ansiedade, baixa autoestima, transtorno do pânico, entre outros.

Além disso, em algumas situações, o silêncio pode revelar desistência ou uma tentativa de calar, ou fugir de sentimentos fortes, ou que trazem desconforto. Esse tipo de atitude pode internalizar sofrimentos, fazer mal e desencadear diversos problemas de ordem emocional, espiritual e física.

Uma conversa honesta consigo mesmo, que permita olhar para dentro de si com compaixão, pode auxiliar bastante no processo de autocrítica e reflexão sobre as emoções que são vivenciadas.

Se abrir com pessoas de confiança também pode auxiliar no processo de cura de sofrimentos emocionais mas não deve, nunca, substituir o auxílio de um profissional capacitado para essa escuta e que possa direcioná-lo, de fato, para a descoberta da cura.

Quando você fala, você ouve a si próprio. Com esse distanciamento entre os sentimentos, pensamentos e ações, passa a ser possível se compreender e se observar de forma mais clara. Quando isso acontece, fica mais fácil analisar a situação em busca das melhores alternativas de solução.

A fala pode ser, então, um caminho para se pensar de forma mais organizada, compreendendo com mais clareza as dificuldades que são enfrentadas no dia-a-dia.

Além disso, quando você desabafa sobre seus sentimentos, você diminui a intensidade da sua carga emocional e o fardo pode ficar um pouco mais leve, uma vez que você não precisa suportá-lo sozinho, guardando-o apenas para si.

Por fim, falar sobre o assunto abre espaço para que outras pessoas que vivem o mesmo problema dialoguem com você e, assim, passa a vigorar uma rede de apoio e compartilhamento de experiências, que são muito importantes para que as pessoas que sofrem com transtornos emocionais não se sintam sozinhas, mas acolhidas.

A importância da escuta profissional e por que fazer terapia

Psicólogos, psicoterapeutas e psicanalistas são preparados para direcionar cada paciente na busca pela autocompreensão e para que cada um possa encontrar, dentro de si, as ferramentas para enfrentar a depressão e outros sofrimentos mentais. Esses profissionais compreendem que, no espaço da escuta, a voz do outro é a prioridade.

De maneira geral, mesmo com a melhor das intenções, muitos ouvintes tendem a apresentar alternativas de soluções para os problemas que não são delas. Mesmo sem querer, deslegitimam uma dor que elas não vivem ou sentem, ou inserem no desabafo uma série de julgamentos pessoais que são resultado de sua própria visão de mundo, que é muito particular.

Com essa atitude, ouvintes despreparados não contribuem para a superação dos sofrimentos emocionais – pelo contrário, podem agravá-los e afastar aqueles que buscam ajuda.

O processo terapêutico em si só trará bons resultados se envolver a participação ativa do próprio paciente. Os benefícios da terapia surgirão na medida que a pessoa se permitir ser ajudada pelo profissional. Portanto, estar aberto à fala e a tentar externalizar tudo aquilo que sente e ainda não compreende, ou não faz bem, é essencial.

É também fundamental reforçar que, traduzir para palavras os sentimentos que são difíceis de definir não significa resolvê-los. Os profissionais da área de saúde poderão conduzi-lo para encontrar, dentro de si, as soluções para as dificuldades enfrentadas!

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