Terapia: uma ferramenta de plenitude

Terapia: uma ferramenta de plenitude

De todas as inumeráveis belezas da natureza, de todas as incontáveis habilidades humanas, nenhuma é mais salvadora que a nossa capacidade de renovação, que advém da habilidade de superação que todos temos – nós e todos os outros elementos da natureza.

Mas, vamos falar da nossa, da natureza humana.

O poder da renovação da natureza humana

A capacidade de renovação nasce da força natural do ser de crescer, buscar mais, aprender, expandir, transcender. Se não fosse ela, ainda estaríamos nas cavernas. Ela nos faz transgredir a contextos impostos pela natureza – abrigo do frio, do calor, da seca, de vulcões, maremotos. Ela também nos faz alinhar com os outros, por meio do sistema de crenças e valores que aprendemos desde a infância, que nos permite criar nossas referências e conceitos de vida.

É a nossa capacidade de renovação que nos tira dos limites conhecidos e nos impulsiona para ir além, quebrando os padrões conhecidos – as regras e os conceitos que se ultrapassam. Assim, permitimo-nos novos aprendizados, novos interesses e, por que não dizer, a expandir nossa consciência e alcançar novos patamares evolutivos, tanto como indivíduo, quanto como sociedade?!

É a capacidade de renovação que nos permite fazer tudo ser novo, de novo. O dia que nasce, o cabelo que cresce, o corpo que se modifica, a imagem que se vê no espelho, sempre alterada a cada ano, a ampliar o círculo de relacionamento, a ver filhos crescerem, pais partirem, a aprender novos assuntos e a viver as coisas do cotidiano que nos mostram o vir-a-ser que somos. Seres inacabados que buscam o seu caminho, a sua evolução, o seu desenvolvimento e o do mundo que o cerca.

A Terapia como ferramenta de renovação

Às vezes, não validamos nossa capacidade de renovação e encontramos limites à frente. Paralisamos. Aí chegam os sintomas, as dores e sofrimentos. Fraquejamos frente aos desafios que nos surgem – temas variados que limitam nossa vida em sua plenitude: lidar com a perda, com a doença incapacitante da própria pessoa ou de ente querido, cegar-se para os próprios talentos e habilidades, não reconhecer-se na expectativa de vida que criou para si, cortar relacionamentos, exigir demais de si.

A dor vem porque nos sentimos impotentes, impossibilitados em fazer com que a vida se renove. Nessa hora nos vemos sem saída, limitados. Hora de trocar a palavra limite por limitação. Limite é ilusão. Não temos nenhum. Somos seres renováveis, com infinita capacidade de realização. Basta encarar onde estão nossas limitações naquele momento. A limitação é uma margem que pode ser estendida.

É especialmente aí, que uma terapia pode ser buscada. O terapeuta é aquele que ajuda a encontrar recursos que devolvam a força, a coragem, o desejo de ir além.

O processo terapêutico amplia nossa visão em favor da nossa plenitude e potencializa os recursos que temos para transgredir as crenças, as regras auto-impostas, para romper hábitos e padrões que não servem mais, para reavaliar expectativas e transformá-las em perspectivas, para ampliar horizontes e romper limites.

Terapia é para todo mundo? Não.

Terapia é para aqueles que têm consciência de sua infinitude, para aqueles que não desistem de si, que apostam no movimento constante e na atitude perseverante que a vida pede.

Por quanto tempo? Não sei.  A nossa capacidade de renovação é infinita.

Desfrute disso. Busque-se!

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